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A temporada de 2021 da Gold Classic já tem data para começar. As corridas da primeira etapa estão confirmadas para dia 23 de janeiro em Interlagos, como atração preliminar das Mil Milhas do Brasil e com transmissão ao vivo na internet. O evento marcará o início de um novo formato técnico configurado pela organização em conjunto com os pilotos participantes: a partir de 2021 os carros do maior campeonato de modelos clássicos e antigos do país estarão distribuídos entre Divisão 1, Divisão 2, Divisão 3 e Divisão 4.
O encerramento da temporada passada, que definiu os campeões no dia 29 de novembro, levou exatos 60 carros à pista em Interlagos. Para a preliminar das Mil Milhas a estimativa é de que o limite de 64 vagas seja atingido. “Pela lista de intenções já passamos dessa marca, mas sempre acaba havendo uma ou outra desistência. Da mesma forma, há vários participantes que ainda não se manifestaram sobre a prova e que poderão tomar parte”, antevê o jornalista e narrador Luc Monteiro, organizador da Gold Classic.
A etapa de abertura da Gold Classic em 2021 tem confirmada a participação de pilotos representantes de oito estados – Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo. Apenas dois títulos foram conquistados por pilotos de fora de São Paulo na temporada de 2020. O mineiro Guilherme Melo, titular do VW Puma da Nano-Go Racing, conquistou a taça na categoria GT, enquanto os gaúchos Moacir e Daniel Fighera, pai e filho, foram os campeões da Gold Speed.
Os pilotos paulistas conquistaram cinco títulos em 2020. Matheus
Beccalli, com VW Passat na Turismo Light, Giovani Almeida, também de
Passat na Turismo Super, e a dupla Caio Lacerda/Humberto Guerra Júnior,
com protótipo Aldee-VW na Super Classic, fizeram da equipe HT Guerra a
detentora do maior número de títulos. Marcelo Kairis, com o Corona Dardo
da Paddock Racing-Divimax, foi campeão na Força Livre, enquanto os
irmãos Rodrigo Pimenta e Dimas Pimenta III, com o GM Opala da Dimep,
levaram a taça na Premium.
AS CATEGORIAS
As novas categorias que compõem o regulamento de 2021 não provocam mudanças drásticas. “Na prática, temos as mesmas categorias do ano passado, com algumas poucas adequações que definimos em conjunto com os participantes em uma série de reuniões virtuais”, explica o piloto Rafael Schuhli, responsável pelo regulamento técnico. “Dentro de cada uma das quatro divisões nós teremos duas classes. Com a definição em divisões, como fizemos agora, fica até mais fácil o entendimento da categoria pelo público.
A Divisão 1, para carros de motorização 1.6, compreenderá uma classe para os Fuscas, antiga Gold Speed, e outra para os modelos que compunham a Turismo Light – GM Chevette, VW Gol, Voyage e Passat, Fiat Uno e Ford Escort, por exemplo. Na divisão 2 estarão os carros da antiga Turismo Super e os da GT, cada qual em sua subdivisão, com liberação de uso de motores até 2.0. Os carros que integravam a Força Livre e a Super Classic compõem a nova Divisão 3. Na Divisão 4, por fim, estarão os carros da Premium, categoria de carros mais velozes.
“A Divisão 4 foi a que exigiu mais debate, pela variedade grande de
configurações de carros. É onde estão os motores maiores, de seis e oito
cilindros, e os de quatro cilindros cursados. Nesta categoria
implantamos a divisão Stock, para os carros que usam pneus radiais de
rua, com apenas um carburador duplo e sem modificações no chassi
original”, cita Schuhli. “Buscamos o regulamento justo para todos, em
qualquer categoria. Não é um trabalho fácil, mas com o apoio dos
próprios pilotos estamos tentando chegar o mais perto possível do nível
ideal”, diz.
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