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Lucas Di Grassi anunciou nesta segunda-feira (21) que não vai mais
vincular suas iniciativas profissionais e pessoais a empresas que não
possuam um compromisso sério com a sustentabilidade via inovação e
tecnologia. O campeão mundial de Fórmula E é o primeiro piloto da
história a tomar tal atitude dentro do esporte que é visto como vilão
ambiental por grande parte das pessoas.
Di Grassi
tem se destacado como ativista no segmento da tecnologia da mobilidade –
indo da micromobilidade com bicicletas e patinetes elétricos até carros
autônomos. O setor é um dos mais importantes para a saúde das
populações urbanas devido à nociva produção de poluentes por parte dos
veículos nas grandes cidades.
Segundo a ONU, cerca
de quatro milhões de mortes são causadas anualmente por problemas
relacionados à poluição atmosférica urbana. Desde 2017, o piloto
brasileiro atua como embaixador da entidade internacional com foco na
qualidade do ar. Em dezembro do ano passado, Lucas foi protagonista de
um documentário apoiado pela ONU que demonstrou os efeitos daninhos dos
gases veiculares sobre a população de baixa renda na grande cidade mais
poluída do mundo, Délhi, na Índia.
“A
sustentabilidade está intimamente ligada à inovação. Por isso todo o meu
trabalho e investimentos terão como motivação acelerar essa transição
para um futuro melhor”, diz Lucas Di Grassi. “Com essa iniciativa eu vou
me comprometer de forma integral com minha visão de futuro, seja dentro
ou fora das pistas” completa.
Transformar a mobilidade – Di Grassi tem se destacado internacionalmente por sua postura no âmbito da sustentabilidade, usando o esporte e o interesse da indústria para essa transformação. Atualmente o piloto atua como investidor nos inovadores campeonatos Extreme E, Roborace e eSC (Electric Scooter Championship), além da Fórmula E, na qual permanece como um dos principais candidatos ao título em todas as temporadas. No Brasil, é cofundador do Zero Summit, o primeiro evento internacional de tecnologias e negócios para fomento do chamado “empreendedorismo zero carbono”.
Lucas foi o terceiro funcionário contratado pela Formula E e ajudou a construir a categoria desde seu início, sempre atuando lado a lado do empresário espanhol Alejandro Agag. Na Roborace, foi CEO entre 2017 e 2019 e definiu a estratégia da empresa que hoje tem sua sede na Califórnia. Com a Extreme E, foi investidor inicial e ajuda na promoção da categoria, incluindo a prova na Amazônia brasileira que deve encerrar o campeonato de 2021. No também inovador eSC, Lucas é um dos fundadores e sócio, trabalhando como membro do conselho.
Potencial brasileiro – Além das empreitadas internacionais, Di Grassi vislumbra o uso do conhecimento e tecnologias desenvolvidos em seus projetos para ajudar o Brasil no longo prazo. “Somos o país com maior potencial para usar essa mudança de fonte energética de combustíveis fosseis para renováveis e para sequestrar carbono em larga escala”, aponta ele. “Precisamos usar isso para gerar valor e tirar milhões de pessoas da pobreza. Além de chamar a atenção para a urgência dessa transformação, eu estou trabalhando em projetos e na criação de empresas brasileiras, como o Zero Summit, EDG eBikes e Hyperviolet, investindo milhões de reais e criando empregos nacionais. O nosso país tem um grande potencial e pode também ter um grande futuro.”
O foco de Lucas no automobilismo
continua o mesmo. Seu objetivo principal é lutar por mais um título de
campeão mundial na Formula E.
Fonte: Imprensa Lucas Di Grassi
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