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O 13º Transcatarina teve cinco dias de prova – 26 a 30 de outubro – e mais de 800 quilômetros percorridos entre Fraiburgo e Tubarão (SC), com pernoites em Caçador, Lages e São Joaquim. No grid, 265 veículos (345 com os carros de apoio) e, entre eles, estava a dupla Alexia Dierberger e Doris Poka que, além de estrear no evento, também marcava o início da carreira de Alexia como piloto. A categoria escolhida foi a Turismo Light – a porta de entrada para o rali de regularidade.
Alexia é a idealizadora do perfil Uma Mulher Um Mundo (@umamulher_umundo) e desde pequena convive no mundo 4x4. “Sempre gostei do off-road e participei de várias trilhas e passeios, porém, encarar uma competição de rali de regularidade foi a primeira vez. No começo, nos sentimos um pouco deslocadas, mas logo já fomos envolvidas nesta grande família. Foi algo surpreendente; poucos dias aproximam adversários que se ajudam dentro e fora das trilhas e mantêm uma rivalidade saudável”, destaca Alexia sobre o espírito que envolve o Transcatarina.
Chegado o momento da largada e a bordo de uma Land Rover Defender 90! O primeiro dia do certame foi realizado na região de Fraiburgo em um percurso pequeno (70 quilômetros) que passou pelos tradicionais pomares de maçã da cidade. “Nos perdemos um pouco neste dia, o que foi necessário para aprendermos”, afirmou Doris. No segundo dia (entre Fraiburgo e Caçador), as jovens obtiveram um desempenho melhor e, após 205 quilômetros e oito horas de prova, subiram ao segundo lugar do pódio. “Foi algo inesperado, nos proporcionando energia e mostrando que somos capazes”.
Vencendo as dificuldades
O terceiro dia de Transcatarina foi realizado entre Caçador e Lages, com 290 quilômetros, passando por áreas de eucalipto e atravessando rios. Problemas na embreagem da Defender 90 obrigaram a dupla a abandonar a etapa.
Alexia e Doris chegaram a pensar que teriam de desistir da competição, pois não teriam como arrumar tal problema mecânico. Mas com otimismo, ajuda de alguns mecânicos de apoio de outras equipes, foi feita a sangria da embreagem e a troca do rolamento de uma das rodas que estava quebrado. “O que nos deu mais um dia de disputa e a chance de subir novamente ao pódio”, enfatizou Doris.
A quarta e última etapa foi desafiadora. Entre Lages e Tubarão foram 350 quilômetros (navegados e deslocamentos), que passaram por estradas vicinais e algumas fazendas de reflorestamento de pinus, com terreno liso. As competidoras vinham bem, mas em um determinado momento erraram e perderam a medição da planilha, acarretando perdas de pontos.
“Chegamos a desanimar e não acreditávamos em chances de pódio. Quando ouvimos nossos nomes para ocupar o quarto lugar, nos encheu de orgulho, mostrando que apesar das adversidades, a persistência e resiliência sempre prosperam”, salientou Alexia. “Éramos a única dupla feminina, a única piloto, a única Defender no grid... O que mostrou que nada é impossível. Isso nos deu esperanças de que nos próximos ralis seremos ainda melhores”, refletiu a piloto, que já confirmou presença na última etapa do Campeonato Paulista Off-Road, em Taubaté (SP), no dia 04 de dezembro.
Fonte: Liberdade de Ideias
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