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O gaúcho Heitor Farias, de 15 anos, colocou a bandeira brasileira no pódio na disputa da 1ª Copa do Mundo de Kart OK N, finalizada neste domingo (15), no Kartódromo PF International, em Grantham, na Grã Bretanha, e que passou a integrar a programação do Mundial FIA Karting.
Um dos cinco kartistas que integra este ano a Academia CBA de Pilotos, Farias foi o terceiro colocado na disputa, atrás apenas do campeão Kyuho Lee (Coreia do Sul) e do segundo colocado Zsombor Kovacs (Hungria).
No total, o Brasil contou com 17 kartistas na Inglaterra: três na OK N, oito na OK FIA e seis na OK Júnior. Foi a maior delegação do país em um Mundial da FIA e a segunda maior nesta edição, atrás apenas dos britânicos. Os donos da casa contabilizaram 56 inscritos entre os 262 pilotos. No geral, 59 países foram representados na competição.
O expressivo número de pilotos brasileiros na Inglaterra também é reflexo da importante e verdadeira revolução que a gestão Giovanni Guerra, da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), vem promovendo no kartismo nacional.
Além de novos campeonatos, a entidade também vem dando suporte econômico, técnico e desportivo aos kartistas que conquistaram vagas em competições realizadas pela Comissão Nacional de Kart (CNK), sob a presidência de Rubens Carcasci, com apoio da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e Banco BRB.
Heitor, terceiro colocado na OK N na Regional Cup Brasil, realizada em julho na Paraíba, assim como Enzo Prando (campeão na OK N), Lucas Moura (vice-campeão OK N), Gabriel Koenigkan (vencedor da OK FIA) e Vinicius Ferro (campeão da OK Júnior) correram na Inglaterra com as inscrições e todos os equipamentos custeados pela CBA, em parceria com a equipe de fábrica italiana Parolin.
Mais dois pilotos também receberam a mesma premiação por seus resultados no Sul-americano de Kart, disputado no mês passado no Rio Grande do Sul: Enzo Nienkotter (OK FIA) e Victor Alencar (OK Júnior). Os prêmios foram concedidos pela FIA, que pela primeira vez apoiou a competição no continente sul-americano.
Como foram as disputas na Inglaterra
A conquista
do pódio na Final da OK N teve muita dedicação e superação para Heitor
Farias. O piloto começou a disputa com algumas dificuldades, mas aos
poucos foi acertando o kart e, na Final, mesmo em condições de chuva,
era muito rápido.
O piloto largou em 15º e escalou o pelotão para chegar ao pódio. “É um sentimento muito bom. Vi que estava rápido na Final, comecei a escalar e consegui me manter tranquilo, mesmo quando começou a chover. Sem dúvida, é uma sensação incrível representar o Brasil na Europa e conquistar um pódio”, celebrou Farias, que já havia corrido o Mundial da FIA em 2020 na Espanha.
Terceiro colocado na Paraíba, o piloto também relembrou que a princípio o prêmio seria só para os dois primeiros colocados. Mas graças aos esforços do presidente Giovanni Guerra, a CBA conseguiu mais uma vaga na OK N.
“A busca da vaga no Paladino foi muito difícil, mas acabamos no pódio, em terceiro. Só que naquele momento eram só duas vagas. Felizmente, o Brasil conseguiu mais uma vaga e fiquei muito feliz por estar aqui. Valeu muito a pena todo o esforço”, destacou.
“Queria agradecer à CBA pela oportunidade, ao Giovanni Guerra que deu esse passo, com esse novo projeto, que espero continue por muito tempo. Também agradecer a todos que me ajudaram, ao meu pai, toda a minha família que me apoia e vamos para cima”, completou o jovem kartista.
Ainda na OK N, Prando e Moura também andaram muito bem nas classificatórias (Heats) e largaram entre os 10 primeiros. Na Final, no entanto, acabaram enfrentando problemas. Prando escapou na pista molhada e não conseguiu voltar. Moura teve um problema na manga dianteira do kart e abandonou.
Na OK FIA, com oito pilotos brasileiros, Miguel Costa, Olin Galli e Matheus Morgatto (campeão Mundial de Kart em 2022) foram os três que passaram para a Final, disputada debaixo de muita chuva.
Costa terminou em 11º, depois de largar em 29º. Galli partiu da última posição no grid e cruzou a linha de chegada em 12º, escalando 24 posições. Uma punição, no entanto, fez o piloto cair para 14º. Morgatto, campeão Mundial em 2022, no entanto, teve menos sorte e abandonou.
Allan Croce, Bernardo Bernoldi, Enzo Nienkotter, Gabriel Koenigkan e Murilo Rocha também estavam na OK FIA, mas não conseguiram vaga para a Final. O campeão na categoria foi o britânico Ethan Jeff-Hall, que superou o atual campeão europeu Joe Turney na última volta, após um erro do compatriota, que escapou da pista na chuva e ficou com o vice.
Na categoria OK Júnior, seis pilotos representaram o Brasil. Augustus Toniolo foi o único que chegou à Final e terminou na 18ª posição.
Caio Zorzetto, Lucas Correa, Marcelo Tortato, Vinícius Ferro e Victor Alencar também disputaram a categoria, mas não ficarão entre os 36 finalistas. O título ficou com o britânico Kenzo Craigie.
Giovanni Guerra esteve na Inglaterra ao lado de Rubens Carcasci e do engenheiro Ricardo Molina, responsável técnico da CNK, que participou do evento com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento dos motores OK N e suas vistorias técnicas, já que estes propulsores serão adotados no Brasil a partir de 2025.
Luiz Sergio Ferraz dos Santos, mais conhecido como “Zé Bolão”, também teve papel fundamental como consultor técnico do time brasileiro, ajudando os pilotos a se adaptarem mais rapidamente ao formato da disputa e ao trabalho com a Parolin.
Além da conquista do pódio, os membros da CBA também destacaram a importância deste momento histórico e a oportunidade de proporcionar toda essa experiência e aprendizado aos pilotos, de conhecerem mais a cultura do kartismo europeu, o que é muito válido, especialmente para os que buscam seguir carreira no automobilismo.
“Tenho de agradecer a Deus, em primeiro lugar, por estarmos aqui comemorando um pódio brasileiro no Mundial. Esse pódio do Heitor representa todo o nosso esforço, de um kartismo pujante, promissor, voltado para os pilotos, equipes, promotores, federações, para que o esporte possa nos dar, como tem dado, essa alegria de ver o Brasil no pódio”, ressaltou Guerra.
“É muito gratificante e é isso que nos motiva a continuar trabalhando, criando campeonatos e queremos seguir oferecendo essas vagas através da Regional Cup. Classificando, desta forma, os pilotos para que eles possam vir novamente no ano que vem no Mundial da FIA, representando o Brasil e todo o nosso trabalho”, continuou.
“Quero agradecer ao meu time, a todos da CNK, liderada pelo Binho Carcasci, agradecer aos promotores que confiaram e permitiram que seus pilotos corressem aqui na Europa debaixo de outra tenda, junto com a Parolin. E agradecer muito a Parolin, que fez um trabalho exemplar, oferecendo igualdade de condições para que os nossos pilotos pudessem competir”, lembrou Guerra.
“No ano que vem, debaixo da graça de Deus, estaremos ainda mais fortes, com mais experiência para que possamos sonhar e concretizar mais momentos maravilhosos como este”, concluiu o presidente da CBA.
A disputa na Inglaterra marcou o aniversário de 60 anos do Mundial de Kart (a primeira edição foi realizada em 1964 na Pista d’Oro em Roma, na Itália). Ao longo dos anos, o Brasil já conquistou quatro títulos mundiais: Guga Ribas (1986), Gastão Fráguas (1995), Ruben Carrapatoso (1998) e Matheus Morgatto (2022).
Confira os resultados das Finais na Inglaterra:
Para mais informações, acesse: www.cba.org.br
Comunicação CBA
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